Os últimos dois anos consolidaram movimentos que já eram previstos para o mercado, mas foram acelerados por conta da pandemia, por exemplo, a transformação digital e a adesão a novos modelos de trabalho. O ano de 2022 tem perspectiva de crescimento, especialmente para segmentos fortemente impactados pela Covid-19, como economia criativa e turismo. O pequeno empresário, no entanto, vai precisar de cautela, pois há expectativa de que a inflação e os juros se mantenham em alta, de que a renda da população brasileira cresça em ritmo lento e que o efeito da retomada dos serviços após a vacinação em massa chegue ao seu esgotamento. Confira o estudo do Sebrae sobre as tendências que devem orientar as atividades empreendedoras em 2022.
Por que é tendência?
Instituições financeiras, como o Itaú e a XP Investimentos, já revisaram para baixo o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022. Em paralelo, as previsões indicam que a inflação pode ficar acima da média. Insumos essenciais, como eletricidade e combustíveis, também estão mais caros, e a crise hídrica pode afetar o custo e a disponibilidade de água e de energia. Com todos esses fatores, a renda da população deve crescer menos do que o esperado, impactando as vendas do comércio e dos serviços. Além disso, as eleições de 2022, que podem ser conturbadas e polarizadas, são outro fator de instabilidade.
O que fazer?
A principal estratégia para lidar com a instabilidade dos cenários econômico e político é o planejamento. Revisar as finanças, cortar a compra de itens supérfluos e reavaliar os fornecedores são iniciativas para reduzir custos e se antecipar a um contexto de incertezas. Nesse sentido, será ainda mais decisivo garantir que o fluxo de caixa e o capital de giro estejam saudáveis e possam cobrir as despesas cotidianas do negócio.
Por que é tendência?
Em 2020 e 2021, a adoção de novas tecnologias marcou a reação à pandemia. Em 2022, a digitalização dos negócios – automações, Internet das Coisas e Softwares as a Service (SaaS), por exemplo – deve seguir em alta. O uso de Inteligência Artificial, Realidade Virtual e Realidade Aumentada, bem como a realização de melhorias nos negócios desenvolvidos em plataformas on-line, deve estar no radar dos negócios. Entre os motivos para isso, está a própria aceleração no uso da tecnologia, bem como a demanda dos consumidores, que estão mais abertos a comprar e contratar serviços on-line, além de almejar experiências cada vez mais especiais e personalizadas.
O que fazer?
Ao investir em novos softwares, plataformas etc., é fundamental atentar à segurança digital e à privacidade, evitando que a empresa seja alvo de cibercriminosos ou descumpra a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Já entre as tecnologias mais demandadas estão as adaptadas ao mobile, desde as plataformas de e-commerce adaptáveis para os smartphones até a otimização do marketing digital para esse formato. Chatbots também estão entre as opções que aproximam e dão agilidade ao atendimento.
Por que é tendência?
Os consumidores têm questionado cada vez mais a posição das empresas quanto a temas políticos, sociais e ambientais. Na pandemia esse comportamento ganhou fôlego com o crescente engajamento, especialmente entre as gerações mais novas: cerca de 92% dos consumidores millennials (nascidos entre 1980 e 1994) afirmaram em pesquisa da WordStream que preferem comprar de marcas éticas. Já o estudo da Wovn mostrou que, após a covid-19, 63% dos entrevistados passaram a ter maior preocupação com a sustentabilidade, e 86% disseram ter a expectativa de que as marcas atuem com práticas trabalhistas éticas e/ou sustentabilidade.
O que fazer?
Os consumidores são criteriosos ao cobrar que o discurso das empresas seja coerente com seus atos. Caso você se identifique genuinamente com pautas como sustentabilidade e diversidade, a empresa pode, por exemplo, aderir a insumos com menor impacto ambiental; ao uso de embalagens biodegradáveis; buscar fornecedores próximos à região e ajudar a fomentar a economia local; direcionar parte dos lucros para projetos sociais; realizar parcerias com empreendedores sociais; ser mais inclusiva na contratação de pessoal, favorecendo a entrada de grupos que sofrem discriminação social, como pessoas com deficiência, pessoas negras e idosos, entre outras ações.
Por que é tendência?
A pandemia mostrou aos empresários que modelos de trabalho flexíveis, com home office ou regime híbrido, podem gerar bons resultados. Para os colaboradores, foi a oportunidade de valorizar o tempo em família, respeitar a saúde mental e dar mais valor aos seus propósitos profissionais. Com a entrada de jovens das gerações millennial e Z no mercado, a tendência é que haja uma busca ainda maior por autonomia, flexibilidade, boas condições de trabalho e identificação com os valores da empresa. Cada vez mais, a prioridade dos negócios deve ser as pessoas.
O que fazer?
Procure desenvolver a gestão de pessoas e ter regras quanto à flexibilidade de horário e ao home office. Ofereça benefícios alinhados às necessidades dos colaboradores, promova feedbacks periódicos, momentos de descontração e ações que favoreçam a capacitação dos colaboradores desde sua chegada à empresa.
Agora que você já conhece as tendências, é hora de partir para a ação, sempre levando em consideração o cenário e os fatores que devem impactar sua empresa. Bom trabalho e bons negócios!
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